Durante parte dos anos de 2017 e 2018 tive a honra de participar do programa PROAC no curso de Engenharia Ambiental da UNESP de São José dos Campos. Durante este período fiz parte de algumas atividades de pesquisa e acadêmicas e, uma destas atividades culminou da elaboração do artigo publicado na revista Qualis A2, Forests, no último mês de setembro.
O artigo resultou da pesquisa do trabalho de conclusão de curso da engenharia ambiental Nathalia V. Fiore orientada da professora Klécia Gili Massi, cuja banca de defesa tive o prazer de integrar.
O artigo sobre monitoramento de áreas de restauração em Áreas de Preservação Permanente (APP), no bioma Mata Atlântica, intitulado Monitoring of a Seedling Planting Restoration in a Permanent Preservation Area of the Southeast Atlantic Forest Biome, Brazil, refere-se a uma pesquisa realizada em uma área recuperada (plantio) pela organização não-governamental (ONG) Corredor Ecológico, no Vale do Paraíba, município de São José dos Campos.
O artigo teve como objetivo principal analisar a qualidade do plantio e responder a duas perguntas principais que foram: (1) alguns grupos ou famílias ecológicas crescem mais que outros? (2) a cobertura de gramíneas exóticas está influenciando negativamente a regeneração florestal?
Para responder a estas duas principais perguntas foram lançadas 8 parcelas na área, onde foram realizadas medições, resultantes da metodologia de inventário florestal, feitos no período de um ano (novembro de 2017 a outubro de 2018). A cobertura de gramíneas exóticas e a riqueza de espécies em regeneração também foram registradas. Registrou-se 119 indivíduos durante os três inventários, distribuídos em 35 espécies e 14 famílias.
Os resultados indicam uma associação inversa entre gramíneas exóticas e a presença de recrutas na área (fato confirmado e identificado em outras pesquisas). Assim, o controle de gramíneas exóticas pode ser necessário enquanto o dossel da floresta não estiver fechado (fato confirmado em outros experimentos realizados por esta e outras equipes de pesquisadores do tema). Foi detectado um crescimento significativo de indivíduos em todo o período do estudo, especialmente durante a estação chuvosa.
As leguminosas cresceram mais no diâmetro do tronco e dossel (Anadenanthera colubrina (Vell.) Brenan e Inga vera Willd. subsp. affinis (DC.) T. D. Penn) e tiveram o maior crescimento, respectivamente do que as não-leguminosas durante os meses mais úmidos e dentro de um ano. As pioneiras tiveram maior aumento de altura em comparação às não pioneiras durante apenas os meses mais úmidos. As leguminosas podem ser importantes em outras áreas jovens de restauração para florestas tropicais.
Pesquisas e experimentos como este podem ser realizados pela equipe da Ekocap e áreas podem ser recuperadas e monitoradas por esta mesma equipe multidisciplinar. Contate a empresa e apresente sua necessidade. Certamente, teremos a lhe oferecer a melhor e mais eficiente solução. Esta solução pode contar ainda com um serviço ou recurso relacionado a algum programa de incentivo ambiental. Contate-nos.
O artigo completo pode ser encontrado através do link: https://www.mdpi.com/528074
Por Maíra Dzedzej